terça-feira, 6 de julho de 2010

Defecando pela mente

       Ultimamente, perguntas sem respostas adornam meu cérebro transtornado por malícia e insanidade. Me questiono sobre o futuro do ser humano, e nunca chego a uma conclusão, nem mesmo perto de alguma. Amores platônicos, rancores recíprocos, ódio mútuo, padres pedófilos, enfim, uma porção de cartas fora do baralho. Será mesmo o Apocalipse? Os quatro cavaleiros estão mesmo descendo entre as nuvens? Os selos estão mesmo se abrindo? Não, não pode ser. Mas se não estamos vivendo o Apocalipse o que podemos tomar como resposta para o buraco tomado por bosta em que estamos se enfiando? Não sei, mas às vezes acho que o homem só não come merda porque não vem embalada.

       Não que eu queira ver a humanidade em paz e colhendo flores antes do café da manhã. Não teria graça alguma viver cercado de pessoas felizes fazendo sexo por amor. Só quero entender a mente do homem. Quero entender a minha mente fétida. Sei que nunca vou conseguir isso, mas essas perguntas me inquietam, fazem com que eu me debruce sobre uma mesa de bar e vomite até cair sem forças para me levantar.

       Queria escrever um livro sobre qualquer coisa, mas não sou bom o suficiente nem para uma marginália. Queria produzir um filme sobre prostitutas do leste europeu, mas não tenho dinheiro nem pra contratá-las, quem dirá filmá-las. Enfim, queria algo arrebatador, que fosse capaz de me tirar deste mundo de dúvidas inúteis. Enquanto não acho minha cura, continuo distraindo minha mente com pensamentos sacanas e carnais. Quem sabe uma noite de amor uma freira seja a solução? Sempre quis fazer isso, mas o mais perto que cheguei foi uma coroinha. Saudades daquele confessionário.

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